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ECONOMIA

Com reajuste de 22% no ano, gás de cozinha pode chegar a R $ 90 até o fim de dezembro

O botijão de 13 kg é comercializado entre R $ 65 e R $ 85 no Estado, aponta ANP

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Após a alta nos preços dos alimentos e na conta de luz, o gás de cozinha também ficará mais caro. 

A Petrobras anunciou o reajuste de 5% no preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e o aumento começou a ser reado às distribuidoras ontem .

 Segundo o Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado (Simpergasc-MS), o aumento no preço final será de R $ 4 em média.  

Conforme os dados da Agência Nacional do Petróleo ( ANP ), o preço médio do botijão de 13 quilos é de R $ 72,39 em Mato Grosso do Sul, variando entre R $ 65 e R $ 85. O representante das revendedoras de gás explica que até o fim do ano a expectativa é de que aumente mais.  

“Aqui em Campo Grande, o preço varia entre R $ 70 e R $ 85. Os valores menores são para retirada no local de revenda. Acredito que até o fim do ano vai chegar a R $ 90 ”, explicou o presidente do Simpergasc, Vilson Lima.  

De acordo com informações da Petrobras, o preço médio da estatal às revendedoras será equivalente a R $ 33,89 por botijão de 13 kg. 

No ano, o acumulado é de 21,9% de alta, ou R $ 6,08. Conforme a Petrobras, a metodologia de precificação acompanha o movimento do mercado internacional, para cima e para baixo.

“Os preços de GLP praticados pela Petrobras seguem a dinâmica de commodities em economias abertas, tendo como referência o preço de paridade de importação, formado pelo valor do produto no mercado internacional, mais os custos que importadores informados, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos internos de transporte para cada ponto de fornecimento ”, informou.

Revendas

Em nota, a estatal afirma que o GLP é vendido a granel e que as distribuidoras são as responsáveis ​​pelo envase nos botijões e, junto das revendas, são responsáveis ​​pelos preços ao consumidor final.

O presidente do Simpergasc-MS destaca que há dois anos os preços reados ​​para os empresários têm subido constantemente. Lima diz que as empresas revendedoras seguraram os preços, diminuindo a margem de lucro, enquanto puderam.  

“Nos últimos dois anos, tem subido muito e as empresas não conseguem mais amortizar o impacto para o consumidor final. Tanto que muita gente desistiu, somente neste ano, cerca de 20 revendedoras fecharam as portas em Campo Grande ”, contextualiza Lima.

Quando algumas revendedoras fecham as portas, outros locais acabam incorporando mais clientes. Como no caso do proprietário de um estabelecimento de revenda de gás, Deivison Silva.

“As vendas têm sido boas para mim, mas muitas revendas estão sofrendo. Não temos como segurar o ree do aumento, como distribuidoras am para nós imediatamente ”, disse.

Outro revendedor que preferiu não se identifica as explicações que, caso não ree o novo reajuste ao consumidor, o cliente não sobrevive.

“O revendedor, ao longo do ano, absorve boa parte do reajuste reado pela Petrobras, caso ele não ree ao consumidor final, encerrar suas atividades porque não terá condições de se manter. Por outro lado, a pressão que a alta dos preços tem feito na renda do brasileiro, principalmente na população carente, que a concentração boa parte faz seu ganho na compra de alimento, impactará no consumo das famílias que precisarão fazer os ajustes em sua cesta básica ”, lamentou.

Comparativo

Levantamento da ANP aponta que, nas últimas quatro semanas, o gás de cozinha acumula alta de 5,97% em Mato Grosso do Sul. 

Na primeira semana de novembro, o valor médio do botijão era de R $ 68,31, enquanto na semana entre os dias 22 e 28 de novembro o preço médio foi de R $ 72,39.

Conforme a Petrobras, 43% do preço ao consumidor final corresponde atualmente à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as parcelas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais, como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.

Ainda segundo a estatal, os preços são livres e variam nos postos de venda aos consumidores.

Queda nos preços

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer em setembro que os preços do gás de cozinha cairão até 30% após a aprovação da Lei do Gás, em tramitação no Congresso.

Em agosto, além de Guedes, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o preço do gás de cozinha vai ficar mais barato.

Ambos informam que a abertura do mercado do gás no Brasil vai baratear o produto ao consumidor final. 

“Com a ajuda do ministro Bento, nós estamos aprovando a Lei do Gás Natural . E aí vai haver um choque de energia barata. Esperamos que o gás caia 20%, 30%, pelo menos ”, afirmou Guedes.

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ECONOMIA

Governo prepara MP para recalibrar IOF e aumentar arrecadação

Bets também serão tema da medida provisória, anunciada por Haddad

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O governo federal enviará ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) voltada para o mercado financeiro, anunciou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite deste domingo (8), depois de reunião com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

“É uma medida que corrige distorções no sistema de crédito, na cobrança de impostos de rendimentos sobre títulos e temas afins. Inclusive vai entrar um aspecto na questão das bets”, disse Haddad. “O que essa medida provisória vai nos permitir? Recalibrar o decreto do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras], fazendo com que sua dimensão regulatória seja o foco da nova versão e possamos reduzir as alíquotas previstas no decreto original, que vai ser reformado conjuntamente”.

Entre as mudanças, segundo Haddad, está o fim da parte fixa do risco sacado e a recalibração da parte diária. “Todos os itens [do decreto de mudança do IOF] vão ser revistos”, disse.

O ministro afirmou ainda que a MP ará a cobrar tributo de 18% sobre o Gross Gaming Revenue (GGR) das empresas de apostas (ou seja, sobre a diferença entre o que as bets arrecadam e aquilo que elas pagam de prêmio), em vez dos 12% cobrados atualmente. Além disso, a medida tributará títulos que hoje são isentos, como LCA e LCI, em 5%.

“Eles [esses títulos] continuarão a manter uma distância grande em relação aos títulos públicos em geral [em termos de taxação], mas não permanecerão mais isentos, porque estão criando uma distorção no mercado de crédito no Brasil, inclusive com dificuldades para o Tesouro Nacional”.

>>Entenda rejeição do mercado às mudanças na alíquota do IOF

A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras ará a ser de 15% ou 20%. A taxa de 9% não existirá mais.

Haddad explicou ainda que há um compromisso de reduzir gastos tributários em pelo menos 10% de natureza infraconstitucional e de conversar, com o Congresso, sobre gastos primários.

“A questão do gasto primário, tem muitas iniciativas que já mandamos para o Congresso. Algumas já estão em tramitação. O que nos dispusemos a fazer é fazer uma nova reunião sobre gasto primário, mas já tendo um das bancadas sobre os temas que vão ser enfrentados”.

O ministro explicou que mostrou ao Congresso as evoluções de despesas obrigatórias, contratadas no ado por governos, que hoje estão pressionando as receitas da União.

“São despesas contratadas quatro, cinco, seis anos atrás e que a conta está chegando sem que a fonte de financiamento dessa despesa tenha sido contratada no mesmo momento”, disse. “Às vezes eu vejo no jornal: ‘está tendo uma gastança’. Mas quando foi contratado o gasto? Qual era a previsibilidade que nós tínhamos?”

Congresso

O presidente da Câmara, Hugo Motta, disse que o decreto do IOF causou um grande incômodo no Congresso Nacional. “Tanto na Câmara como no Senado, o ambiente se tornou muito adverso a essa medida. E nós colocamos que essa medida precisaria ser revista. Com o governo, atendendo a posição do presidente do Senado e do presidente da Câmara, hoje trouxe essa alternativa, de que o decreto será refeito, com uma calibragem diminuindo de forma significativa seus efeitos”.

Brasília (DF), 29/05/2025 - Presidente da Câmara dos deputados, Hugo Motta, durante coletiva à imprensa após a reunião de lideres. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Brasília (DF), 29/05/2025 – Para o presidente da Câmara dos deputados, Hugo Motta, a MP traz uma compensação financeira para o governo, mas “muito menos danosa do que seria a continuidade do decreto do IOF”. Foto-arquivo:  Lula Marques/Agência Brasil

Segundo Motta, a MP traz uma compensação financeira para o governo, mas “muito menos danosa do que seria a continuidade do decreto do IOF, como foi proposto de forma inicial”.

O presidente da Câmara afirmou ainda que o Congresso fará, nos próximos dias, uma revisão das medidas de isenção fiscal, que segundo o governo federal, pode chegar a R$ 800 bilhões.

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