INTERNACIONAL
China se diz pronta para “esmagar” Taiwan enquanto EUA preparam grande pacote de armas
Forças armadas chinesas emitiram um alerta ousado e assustador para os EUA e o mundo

As forças militares da China afirmaram nesta terça-feira (16) que estão preparadas para “esmagar resolutamente qualquer forma de independência de Taiwan“, enquanto os EUA se preparam para acelerar a venda de armas defensivas e fornecer assistência militar ao território semiautônomo. As informações são do jornal The Mirror.
O porta-voz do Ministério da Defesa chinês, coronel Tan Kefei, classificou o recente aumento nas interações entre os militares dos EUA e de Taiwan como um “movimento extremamente errado e perigoso”, em comunicado e vídeo divulgados online. A declaração destaca a crescente tensão entre os dois países e a preocupação com a possibilidade de escalada militar na região.
O Exército Popular de Libertação da China “continua a fortalecer o treinamento militar e os preparativos e esmagará resolutamente qualquer forma de secessão independente de Taiwan, juntamente com tentativas de interferência externa, e defenderá resolutamente a soberania nacional e a integridade territorial”, disse Tan, em referência ao aliado mais próximo da ilha, Washington.
A China mantém sua reivindicação sobre a ilha de Taiwan, que possui uma população de 23 milhões de pessoas, considerando-a como seu próprio território e estando disposta a controlá-la por meio da força, se necessário. Com a maior marinha do mundo, caças de última geração e um vasto arsenal de mísseis balísticos, a China intensificou suas ameaças recentemente, enviando aviões e navios de guerra para águas e espaço aéreo próximos a Taiwan.
Além das constantes incursões aéreas e marítimas em torno de Taiwan, Beijing tem conduzido exercícios militares dentro e nas proximidades do Estreito de Taiwan, que separa as duas partes. Essas ações são amplamente interpretadas como ensaios para um possível bloqueio ou invasão, cujas consequências seriam enormes para a segurança e as economias globais. A possibilidade de um conflito em Taiwan desperta preocupações significativas, uma vez que poderia ter impactos significativos em nível mundial.
Kefei, fez os comentários em resposta a uma pergunta sobre relatos de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está se preparando para aprovar a venda de US$ 500 milhões em armas para Taiwan. Além disso, há informações de que mais de 100 militares americanos serão enviados à ilha para avaliar métodos de treinamento e oferecer sugestões para fortalecer as defesas taiwanesas. Essas medidas têm sido motivo de preocupação e desaprovação por parte da China, que vê isso como uma interferência nos assuntos internos e uma escalada das tensões na região.
Os partidos Democrata e Republicano nos Estados Unidos têm mostrado forte apoio a Taiwan, instando o governo Biden a prosseguir com a entrega de quase US$ 19 bilhões em itens militares que foram aprovados para venda, mas ainda não foram entregues. Funcionários do governo atribuíram os atrasos nas entregas a desafios de produção relacionados à pandemia de Covid-19, como capacidade limitada e aumento da demanda por armamentos para auxiliar a Ucrânia.
Dentre os itens aguardando entrega estão os mísseis antinavio Harpoon, os caças F-16, os mísseis Javelin e Stinger de ombro, e o Himars, um sistema de lançamento múltiplo de foguetes e mísseis montado em caminhão. Esta última tornou-se uma arma crucial para as tropas ucranianas em combate contra as forças de invasão russas.
As tensões entre China e EUA atingem um nível histórico, enquanto o governo de Taiwan se mantém firme contra as demandas de Beijing por concessões políticas em relação à unificação. Essa situação levanta preocupações crescentes sobre a possibilidade de um conflito aberto envolvendo os três lados, potencialmente arrastando aliados dos EUA, como o Japão, conforme as tensões se intensificam.
Além disso, o apoio diplomático e econômico da China à Rússia após a invasão da Ucrânia também contribui para o aumento das tensões entre Beijing e Washington. Essa postura da China desperta preocupações adicionais e acentua as complexidades geopolíticas da região.
Por que isso importa?
Taiwan é uma questão territorial sensível para a China, e a queda de braço entre Beijing e o Ocidente por conta da pretensa autonomia da ilha gera um ambiente tenso, com a ameaça crescente de uma invasão pelas forças armadas chinesas a fim de anexar formalmente o território taiwanês.
Nações estrangeiras que tratem a ilha como nação autônoma estão, no entendimento de Beijing, em desacordo com o princípio “Uma Só China“, que também vê Hong Kong como parte da nação chinesa.
Embora não tenha relações diplomáticas formais com Taiwan, assim como a maioria dos demais países, os EUA são o mais importante financiador internacional e principal parceiro militar de Taipé. Tais circunstâncias levaram as relações entre Beijing e Washington a seu pior momento desde 1979, quando os dois países reataram os laços diplomáticos.
A China, em resposta à aproximação entre o rival e a ilha, endureceu a retórica e tem adotado uma postura belicista na tentativa de controlar a situação. Jatos militares chineses aram a realizar exercícios militares nas regiões limítrofes com Taiwan e habitualmente invadem o espaço aéreo taiwanês, deixando claro que Beijing não aceitará a independência formal do território “sem uma guerra“.
A crise ganhou contornos mais dramáticos após a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em agosto de 2022. Foi a primeira pessoa ocupante do cargo a viajar para Taiwan em 25 anos, atitude que mexeu com os brio de Beijing. Em resposta, o exército da China realizou um de seus maiores exercícios militares no entorno da ilha, com tiros reais e testes de mísseis em seis áreas diferentes.
O treinamento serviu como um bloqueio eficaz, impedindo tanto o transporte marítimo quanto a aviação no entorno da ilha. Assim, voos comerciais tiveram que ser cancelados, e embarcações foram impedidas de navegar por conta da presença militar chinesa.
Desde então, aumentou consideravelmente a expectativa global por uma invasão chinesa. Para alguns especialistas, caso do secretário de Defesa dos EUA Lloyd Austin, o ataque “não é iminente“. Entretanto, o secretário de Estado Antony Blinken afirmou em outubro do ano ado “que Beijing está determinada a buscar a reunificação em um cronograma muito mais rápido”.
As declarações do chefe da diplomacia norte-americana vão ao encontro do que disse o presidente chinês Xi Jinping no recente 20º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC). “Continuaremos a lutar pela reunificação pacífica”, disse ele ao assegurar seu terceiro mandato à frente do país. “Mas nunca prometeremos renunciar ao uso da força. E nos reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias”.
POR : AGENCIAS DE NOTICIAS INTERNACIONAIS


INTERNACIONAL
Haddad confirma IR de 17,5% sobre rendimentos de aplicações
Ministro classificou como prudentes falas de Hugo Motta sobre pacote

As medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incluirão uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações, confirmou nesta terça-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“A média da tributação das aplicações financeiras já é 17,5%. Então, nós estamos fixando uma alíquota para todas as aplicações financeiras no mesmo patamar. Hoje ela vai de 15% [para aplicações de até dois anos] a 22,5% [para aplicações de longo prazo]”, disse Haddad, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro também citou na reunião uma alta de 15% para 20% no Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (J). Embora a medida tenha sido rejeitada em 2023 pelo Congresso, Haddad disse que o tema foi incluído no pacote por sugestão de parlamentares.
Por cerca de duas horas, Haddad explicou a Lula as propostas acertadas com líderes partidários na reunião de domingo (8). Segundo o ministro, os textos das propostas foram encaminhados à Casa Civil antes do envio ao Congresso Nacional.
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Segundo Haddad, o governo também pretende enviar um projeto de lei complementar para reduzir em 10% as isenções fiscais num segundo momento. O modelo do corte, explicou o ministro, ainda será definido pelo Congresso. Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro disse que elas serão discutidas por uma comissão de líderes partidários, com participação de integrantes da equipe econômica.
Prudência
Sobre a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que o Congresso Nacional não se compromete a aprovar o pacote para compensar a alta do IOF, Haddad disse ver como prudente a avaliação do parlamentar.
“Uma fala de prudência, lá não estavam os 513 parlamentares. Como é que ele pode tomar uma decisão de aprovar ou não sem ouvir as bancadas?”, questionou Haddad. “Entendo que o Congresso Nacional queira primeiro ouvir e depois, ao longo da tramitação da medida provisória, fazer as suas ponderações”, acrescentou.
Ao fim da reunião de domingo, que durou cinco horas, Haddad, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciaram uma medida provisória com a elevação de receitas que permitam compensar parcialmente a elevação do IOF. O debate sobre cortes estruturais de despesas, no entanto, ficou para um segundo momento diante da falta de consenso entre o governo e os líderes partidários.
As propostas acertadas com o Congresso são as seguintes:
- Aumento da taxação do faturamento das bets (empresas de apostas esportivas) de 12% para 18%;
- Elevação de 9% para 15% as alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre fintechs e corretoras.
- Fim de isenção de Imposto de Renda sobre títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que arão a pagar 5%.
O ministro evitou dar estimativas de quanto o governo pretende arrecadar com as medidas. Disse apenas que os cálculos ainda estão sendo fechados.
Contenção de gastos
Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro da Fazenda disse que o Congresso se reunirá com a área econômica para “enfrentar” esse debate. Segundo o ministro, será formada uma comissão de líderes para discutir os gastos primários.
“[Pretendemos] fazer um inventário do que já foi proposto, do que é politicamente viável, do que as pessoas estão querendo enfrentar, dos debates que os deputados e senadores querem enfrentar e vamos dar o e técnico para uma melhor conformação da medida possível”, declarou.
Na reunião com os parlamentares no domingo, o ministro levou uma apresentação que mencionava uma explosão de gastos nos últimos anos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), das emendas parlamentares, do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e das transferências para estados e municípios.



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