INTERNACIONAL
Israel e Hamas chegam a acordo para libertação de 50 reféns
Serão libertadas mulheres e crianças durante quatro dias, em troca de cessar-fogo no período

Após semanas de negociações, Israel aprovou um acordo com o Hamas, nesta terça-feira (21), pela libertação de 50 reféns detidos pelo grupo armado na Faixa de Gaza.
Serão libertadas mulheres e crianças durante quatro dias, em troca de cessar-fogo neste período, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro de Israel.
A divulgação do acordo acontece após uma série de reuniões das autoridades do governo de Benjamin Netanyahu. Entretanto, a declaração não fez qualquer menção à soltura de prisioneiros palestinos que estão em prisões israelenses, embora se entenda que este é um ponto fundamental do acordo.
Pouco tempo depois, o Hamas confirmou o acordo, dizendo que 150 mulheres e crianças palestinas serão libertadas por Israel. Ainda segundo o grupo radical, o cessar-fogo permitirá que centenas de caminhões com ajuda humanitária, medicamentos e combustíveis entrem em todas as áreas de Gaza.
A resolução foi aprovada por uma “maioria significativa” do gabinete de guerra do governo, em votação que durou mais de seis horas, segundo uma fonte da CNN.
Mais cedo, uma fonte familiarizada com o assunto disse à CNN que o acordo não deve ser implementado imediatamente e pode levar pelo menos um dia para entrar em vigor.
Há 239 reféns mantidos em cativeiro em Gaza, incluindo cidadãos estrangeiros de 26 países, segundo dados dos militares israelenses. Os cidadãos capturados representam uma vantagem do Hamas sobre Israel.
Segundo pontuou o governo israelense, um dia de cessar-fogo poderá ser adicionado a cada 10 reféns soltos. O anúncio também deixou claro que Israel planeja retomar ataques aéreos e terrestres “para completar a erradicação do Hamas” assim que o acordo for cumprido.
Um comunicado mais detalhado será enviado às famílias dos reféns ainda nesta terça, ainda segundo as autoridades. Ainda não está claro quando o cessar-fogo terá início.
Mesmo que o grupo mantenha apenas uma fração do grupo que deteve em 7 de outubro, ainda manteria uma influência considerável sobre o país vizinho, que é conhecido por pagar um preço alto em negociações como essas.
Em 2011, Israel libertou mais de mil prisioneiros palestinos em troca de um único soldado, Gilad Shalit, que havia sido mantido refém por cinco anos.
Por outro lado, a liderança de Israel está sob enorme pressão interna para garantir a libertação dos cidadãos. A maioria dos israelenses aceita a libertação de milhares de prisioneiros palestinos mantidos em prisões israelenses como parte de qualquer acordo de troca.
O total de prisioneiros palestinos detidos nas prisões israelenses é de aproximadamente 8.300, segundo Qadura Fares, chefe do Clube dos Prisioneiros Palestinos, uma organização não governamental.
Desse grupo, mais de 3 mil estão detidos no que Israel chama de “detenção istrativa”, o que significa que estão presos sem conhecer as acusações contra eles ou o processo legal em curso.
Refém do Hamas diz que “ou por um inferno”
Um pequeno número de reféns foi solto antes do acordo desta terça-feira (21).
Em 20 de outubro, duas americanas, Judith Tai Raanan e sua filha de 17 anos, Natalie Raanan, foram libertadas por “razões humanitárias”, na sequência de negociações entre Catar e Hamas.
Pouco depois, duas mulheres israelenses, Nurit Cooper e Yocheved Lifshitz, também foram soltas.
Lifshitz disse que “ou por um inferno”, descrevendo como foi tirada de sua casa e levada em uma motocicleta antes de ser conduzida para uma rede de túneis.
*publicado por Tiago Tortella, da CNN


INTERNACIONAL
Haddad confirma IR de 17,5% sobre rendimentos de aplicações
Ministro classificou como prudentes falas de Hugo Motta sobre pacote

As medidas de compensação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incluirão uma alíquota única de 17,5% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações, confirmou nesta terça-feira (10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“A média da tributação das aplicações financeiras já é 17,5%. Então, nós estamos fixando uma alíquota para todas as aplicações financeiras no mesmo patamar. Hoje ela vai de 15% [para aplicações de até dois anos] a 22,5% [para aplicações de longo prazo]”, disse Haddad, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro também citou na reunião uma alta de 15% para 20% no Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (J). Embora a medida tenha sido rejeitada em 2023 pelo Congresso, Haddad disse que o tema foi incluído no pacote por sugestão de parlamentares.
Por cerca de duas horas, Haddad explicou a Lula as propostas acertadas com líderes partidários na reunião de domingo (8). Segundo o ministro, os textos das propostas foram encaminhados à Casa Civil antes do envio ao Congresso Nacional.
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Segundo Haddad, o governo também pretende enviar um projeto de lei complementar para reduzir em 10% as isenções fiscais num segundo momento. O modelo do corte, explicou o ministro, ainda será definido pelo Congresso. Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro disse que elas serão discutidas por uma comissão de líderes partidários, com participação de integrantes da equipe econômica.
Prudência
Sobre a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que o Congresso Nacional não se compromete a aprovar o pacote para compensar a alta do IOF, Haddad disse ver como prudente a avaliação do parlamentar.
“Uma fala de prudência, lá não estavam os 513 parlamentares. Como é que ele pode tomar uma decisão de aprovar ou não sem ouvir as bancadas?”, questionou Haddad. “Entendo que o Congresso Nacional queira primeiro ouvir e depois, ao longo da tramitação da medida provisória, fazer as suas ponderações”, acrescentou.
Ao fim da reunião de domingo, que durou cinco horas, Haddad, Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciaram uma medida provisória com a elevação de receitas que permitam compensar parcialmente a elevação do IOF. O debate sobre cortes estruturais de despesas, no entanto, ficou para um segundo momento diante da falta de consenso entre o governo e os líderes partidários.
As propostas acertadas com o Congresso são as seguintes:
- Aumento da taxação do faturamento das bets (empresas de apostas esportivas) de 12% para 18%;
- Elevação de 9% para 15% as alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) sobre fintechs e corretoras.
- Fim de isenção de Imposto de Renda sobre títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito Agrícola (LCA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), que arão a pagar 5%.
O ministro evitou dar estimativas de quanto o governo pretende arrecadar com as medidas. Disse apenas que os cálculos ainda estão sendo fechados.
Contenção de gastos
Em relação às medidas de contenção de despesas, o ministro da Fazenda disse que o Congresso se reunirá com a área econômica para “enfrentar” esse debate. Segundo o ministro, será formada uma comissão de líderes para discutir os gastos primários.
“[Pretendemos] fazer um inventário do que já foi proposto, do que é politicamente viável, do que as pessoas estão querendo enfrentar, dos debates que os deputados e senadores querem enfrentar e vamos dar o e técnico para uma melhor conformação da medida possível”, declarou.
Na reunião com os parlamentares no domingo, o ministro levou uma apresentação que mencionava uma explosão de gastos nos últimos anos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Benefício de Prestação Continuada (BPC), das emendas parlamentares, do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e das transferências para estados e municípios.



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